De acordo com Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, o presidente Donald Trump está “frustrado” com o atual estágio das negociações comerciais com o Brasil. Hassett, em entrevista à ABC, afirmou que as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros visam reforçar a indústria norte-americana e são resultado da insatisfação de Trump com o andamento das tratativas bilaterais .
O que disse o assessor
Segundo Hassett, Trump acredita que o diálogo com o Brasil falhou, justificando a aplicação da tarifa máxima como sinal de sua decepção. Ele declarou:
“O ponto principal é que o presidente tem ficado muito frustrado com as negociações […] as ações do Brasil chocaram o presidente”.
Ele também afirmou que Trump se sente autorizado a impor essas tarifas caso considere as políticas brasileiras “ameaça à segurança nacional”.
Por que o detalhamento político?
Hassett esclareceu que, embora haja um programa tarifário global, o impacto no Brasil foi intensificado pela insatisfação específica em torno do tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump .
Reações de Brasília
A declaração de Hassett reforça o caráter político das medidas americanas. O Brasil, por meio do governo Lula, prepara respostas diplomáticas e acionamento da Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, caso as sobretaxas sigam em efeito.
💬 Conclusão
A fala do assessor evidencia que a sobreposição tarifária não é apenas econômica, mas também resultado de fricções políticas e institucionais. O anúncio expõe a estratégia americana de usar tarifas como instrumento de pressão, enquanto o Brasil organiza contramedidas alinhadas à soberania nacional.