Trump impõe tarifas que ferem cooperação internacional, critica Messias

Brasília (15/07/2025)

O assessor diplomático Messias afirmou que a recente imposição de tarifas pelo governo Trump aos Estados Unidos representa uma violação ao espírito de cooperação global. A medida unilateral — que aplica sobretaxas sobre produtos brasileiros — foi classificada como uma estratégia que fragiliza a confiança mútua na esfera internacional.

O que motivou a declaração

O embaixador destacou que a adoção de tarifas desta natureza contrasta com os compromissos multilaterais firmados pelos EUA no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), sinalizando uma erosão nos princípios que regem o comércio global.

Segundo ele, medidas restritivas desse tipo criam um ambiente de tensão que dificulta a construção de alianças sólidas, afetando processos de negociação e cooperação entre países.

Reações do governo brasileiro

O Palácio do Planalto reforçou que os Estados Unidos violam acordos na OMC ao aplicar taxas unilaterais, incluindo a tarifa inicial de 10% sobre exportações brasileiras . O Ministério das Relações Exteriores informou que está avaliando possibilidades de represália, incluindo ações jurídicas no âmbito da entidade global.

Autoridades relevaram que a resposta poderá incluir retaliações fiscais ou o acionamento da Lei de Reciprocidade Econômica, recentemente sancionada pelo Brasil, que autoriza sanções simétricas a parceiros comerciais que adotem medidas consideradas hostis.

Impactos previsíveis

Especialistas apontam que esse tipo de tarifação causa incerteza econômica e pressionará o comércio bilateral. O setor industrial brasileiro, especialmente o agronegócio, prepara-se para lidar com os desafios associados à alta do câmbio e ao encarecimento de insumos importados.

Além disso, a imposição de tarifas lineares pode prejudicar decisões de investimento, gerar retração na produção e interferir na competitividade dos produtos nacionais nos EUA — o segundo maior destino das exportações brasileiras .

Próximos passos

  1. Diplomacia ativa: o Brasil estuda contestações formais em órgãos internacionais como a OMC.
  2. Contramedidas econômicas: possíveis ações implementadas com base na Lei de Reciprocidade.
  3. Alinhamento estratégico: acompanhar de perto os posicionamentos de parceiros como China, UE e membros do G20.

Conclusão: A postura de Trump, ao impor tarifas sem consulta, sinaliza um afastamento das práticas de cooperação internacional e acende um alerta para retaliações. O Brasil, por sua vez, prepara respostas técnicas e diplomáticas, evidenciando que o episódio pode marcar uma fase de redefinição nas relações comerciais e geopolíticas.

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