Preço da gasolina cai 10,3% nas refinarias, mas aumento persiste nas bombas em Campo Grande

Diferença entre cortes da Petrobras e valores repassados ao consumidor expõe disparidade no mercado de combustíveis

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (14), uma nova redução de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras. O litro passa de R$ 2,85 para R$ 2,71, queda de R$ 0,14. É o segundo reajuste para baixo no ano — o primeiro ocorreu em junho — acumulando uma redução total de R$ 0,31 por litro, equivalente a 10,3%.

Apesar da queda nas refinarias, o consumidor de Campo Grande continua pagando mais caro. Entre janeiro e a segunda semana de outubro de 2025, o valor médio da gasolina aditivada subiu de R$ 5,97 para R$ 6,01, alta de 0,67%. Já a gasolina comum passou de R$ 5,75 para R$ 5,76, variação de 0,17%.

Especialistas apontam que o alívio no preço final depende de três fatores principais: o repasse das distribuidoras e dos postos, a carga tributária e o custo do etanol anidro, utilizado na composição da gasolina C. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicava, antes do corte, que o produto estava cerca de 8% acima da paridade internacional. A nova redução deve aproximar os preços desse equilíbrio.

Segundo representantes do setor, o repasse ao consumidor varia conforme o giro de estoque e a política comercial de cada rede de postos, o que faz com que o impacto das reduções promovidas pela Petrobras raramente chegue integralmente às bombas.

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