O Brasil registrou até esta quarta-feira (15) 41 casos confirmados de intoxicação por metanol, resultado da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas, e 8 mortes confirmadas — seis em São Paulo e duas em Pernambuco.
Ainda segundo o balanço oficial, 107 casos seguem em investigação no país, e 469 notificações já foram descartadas após análise técnica. Os estados mais atingidos são:
- São Paulo (33 casos confirmados)
- Paraná (4 casos confirmados)
- Pernambuco (3 casos confirmados)
- Rio Grande do Sul (1 caso confirmado)
Ações e resposta do governo
Visando reforçar o enfrentamento da crise, o Ministério da Saúde determinou notificação imediata obrigatória para casos suspeitos e ativou uma Sala Nacional de Situação com órgãos de saúde, vigilância sanitária e segurança pública para monitoramento integrado.
Também foi distribuído ao país um lote de 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol — medicamento considerado essencial no tratamento do envenenamento por metanol — bem como unidades de etanol farmacêutico para uso emergencial.
Além disso, operações de fiscalização vêm sendo intensificadas: em São Paulo, por exemplo, uma fábrica responsável pela produção de bebidas adulteradas foi fechada pelas autoridades, em ação que resultou na interdição de estabelecimentos e apreensão de bebidas suspeitas.
Sintomas, risco e orientação
O metanol é altamente tóxico. A ingestão de quantidades relativamente pequenas pode causar efeitos graves, como cegueira irreversível, falência de órgãos ou morte.
Os sintomas costumam aparecer entre 6 a 24 horas após a ingestão, e podem incluir:
- Náuseas e vômitos
- Dor abdominal
- Visão turva ou perda da visão
- Dores de cabeça intensas
Diante de qualquer sintoma após consumo de bebida alcoólica de procedência duvidosa, é fundamental procurar atendimento médico imediato. O diagnóstico precoce e a administração correta de antídotos ou hemodiálise podem ser decisivos para a recuperação



